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Uma parte do todo...

  • Greice Reis
  • Jan 11, 2017
  • 3 min read

Passei uma semana de inquietações efervescentes dentro do peito, engraçado que quando estamos nesse estado BOM de vulnerabilidade ao passo que esta se origina de uma inquietação passamos a nos acostumar com ela. Pode parecer um devaneio, mas tenho andado de flerte com a Inquietude e a tão mal falada Vulnerabilidade! Mas testifico seres viventes, que sem estas duas amigas coloridas não vivemos, existimos e PONTO.

Falo de uma inquietação que serve de impulso, e de uma vulnerabilidade tal que abre todos os poros de todos os teus sentidos de forma tão tamanha tão gigante que a pretensão de uma brisa lá adiante Pousa como uma ventania em teus ouvidos e alerta que neste instante o Universo TE transformará, ele já esta cansado do contrário...

Em primeira instancia me assustei com a natureza tentando entrar, me assustei de servir de instrumento e meio e não o oposto tão costumeiro. Tamanha é a força que vem de fora para dentro que eu me espanto, e quando eu me espanto eu gosto, lembro da infância, lembro da criança que conseguiria ficar horas a fio, da criança que não sabia o que eram as horas, e que se via um fio seguia-o até o fim por curiosidade, por espanto. Saudades de quando o fato de algo tão pitoresco e monumental brotar do chão me espantava, saúdes de esfregar as palmas das mãos em troncos de arvores e tentar imaginar quantos eram aqueles 60 anos que ela vivia, mas afinal o que eram os anos?

Diante do exposto chego a uma conclusão. BEEEEM conclusão não, porque ela não existe e é divino que seja assim (mas isso são outros devaneios), chego a uma primeira vírgula talvez, a uma sentença em seu sentido amplo; Viemos da natureza, fazemos parte dela, Saímos da natureza, depois olhamos para ela e nos espantamos com ela. Este primeiro espanto se faz tão importante, ele precisaria ser eterno. Acostumamo-nos tanto a ela ao ponto de ignorá-la por completo.

E em um destes meus longos dias deliciosamente Vulneráveis... Outro espanto!

O universo conspira contra-nós neste momento, foi o único meio que encontrou de ser sentido, notado...

Tão Sábia é a natureza que entende que precisa ser ressarcida, indenizada e o quer IN NATURA, quer de volta aquela parte que se desgarrou. Saímos do todo para ser parte, não somos o todo, saímos dela não ela de nós e agora esta mãe quer de volta seus filhos que abandonaram seu ventre e não respeitam seus cabelos brancos. Neste momento que existimos fora dela, ela quer que vivamos nela e é esta força tão natural que tem me assustado a cada amanhecer, é ela a nos chamar para dentro, é ela nos mandando arrumar a bagunça da casa e recolher os brinquedos do quintal, ela não tem gostada nadinha do nosso egoísmo para com nossos irmãos. Só deixaremos esta força entrar, quando estivermos vulneráveis ao todo, ela nos pegara pela mão e nos usara como meio, que é o que somos.

Só espero que o homem já não tenha se tornado insuficiente, esgotado e limitado em seus recursos antes mesmo de se fazer útil ao todo que ele pertence.

Precisamos voltar a ser criança, ela esta muito mais próxima da natureza, do universo...

Natureza, crianças e vida... E o mundo segue respirando...

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