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Dos Curiosos Sapatos

  • Greice Reis
  • Feb 5, 2018
  • 3 min read

Scarpins, Mules, Flats, sandálias , Ankleboots, Gladiadoras, Peptoes, Clogs, mocassins…

Nem Freud e seu conceito “ princípio do Prazer” explicam tão bem ao ponto de chegarmos a uma verdade universal acerca do fascínio que um par de sapatos provoca em nós humanos, principalmente em nós mulheres (e não há como fingir que este dado não é fato!

Na pré história os sapatos eram usados única e exclusivamente como proteção! O que não significa que naquela época estavam todos isentos do ato da soberba de fazer uso destes por fascínio, uma vez que sabe-se da existência de distinção entre as peças que eram feitas de folhas,cipós entre outras matérias encontradas na natureza. Verdade que tal acusação trata-se de pura especulação, sementinha da maldade que às vezes surge no coração humano de querer provar que todo os pecados capitais são intrínsecos.

Mas provou-se, mais por prova que por dedução (humanística) que a origem dos sapatos é fruto de uma necessidade!

Necessidade de sobrevivência e adequação ao seu habitat natural (talvez não tão natural assim?)

Adorno ou artefato, para fins justificáveis ou justificantes, o que nos importa aqui é; O que está por traz deste encantamento quase que místico que os belos (questão particular) sapatos exercem sobre nós ?

A história nos diz sobre a ascensão da peça em questão, assim que surgiram os primeiros pares no Egito, Grécia, Roma...

Sapato era questão hierárquica

Distinguia classe, cor, posição

Nao foi preciso muito para que surgissem variações. Tantas quanto fosse possível para mente humana arquitetar, e nas asas desta rótulos são DARDOS fáceis ...

Tão rápido como o surgimento das variações sapatalÍsticas, surgiram as elitizações classificadas agora por material, altura, e forma.

Sapatos altos para Alta sociedade, sapatos baixos para a classe baixa e sapatos inexistentes para aqueles que inexistem.

Apesar de sua aparente variação poucos eram os pés privilegiados que tinham a honra de calçar algo. Se os sapatos falassem diriam que existem muitos sapatos para poucos pés, dado a monotonia de viver sob os pés de calçantes tão iguais.

Donos dos sapatos e das patentes (altas) todas elas na verdade. A elite elitizou o uso...

Dizem que ainda entre os nobres existiu quem calçou as sandálias da humildade e aqui o sapato tinha o poder onipresente de ditar as mais variadas formas de espírito. Entre nobres e humildes quando todos de bico calado os sapatos podem dizer muito.

Com a revolução industrial, o surgimento de materiais sintéticos e o aumento da produção; os tão aclamados sapatos se tornaram acessíveis, necessários e obrigatórios.

E desde então são alvo de desejo! Motivo de risos, confidentes, peça chave, delatores que precedem entradas com seu tic tac sincronizado.

Podem ser o começo de uma nova etapa na vida ou martírio infeliz de quem precisa estar sempre em equilíbrio entre aquilo que é e aquilo que gostaria de ser.

Hora nos fazem pisar confortavelmente, hora nos torturam até o último das forças e nos fazem repensar se vale estar tão alto quando se queria mesmo era estar no plano real das coisas livres e leves

Mas embora doa tanto aquele calo que aperta

Não fossem os sapatos do dia

Talvez não conhecessemos o prazer de descalçar aquilo que incômoda

E se não fosse os incômodos

Qualquer coisa serviria

Hoje assim como a roupa, o cargo e os homens, Os sapatos precisam ser exatamente aquilo que vem para somar na vida de um alguém que é começo meio e fim em si mesma. Ele é útil para o nosso Prazer e não o contrário!

Não temos complexo de Cinderela, e um sapato acompanhado de um suposto príncipe (mesmo que ambos de cristal) não seriam suficientes para nos fazer perder a Corrêa das alparcas das nossas próprias convicções e autenticidade.

Então com ou sem explicação da mística, assim como quase tudo na vida de nós mulheres, resilientes, apaixonadas e tão mais vivas nuas e descalças; berramos Um viva ao sapato que nos serve!

Porque tanto para eles quanto para tanta coisa na vida é preciso experimentar tantos quantos forem necessário para dizer o que serve ou não serve, não basta ser teu numero tem que servir ao todo.

E uma vez que couber ele é seu

O prazer

O incomodo

O acaso

E os sapatos

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