Empreendedorismo materno,um olhar diverso para o que é Diverso...
- Greice Reis
- Oct 11, 2017
- 3 min read

Poderia ser apenas uma matéria, um encontro em COMUM em assuntos coafins e compartilhados por nós mulheres. Dentre tantos assuntos e tópicos complexos ou não (se é que é possível não ser) na vida de uma mulher, escolhi falar sobre Empreender.
Minha primeira intenção foi: Dissertar sobre empreendedorismo materno (PONTO).
Pensei em nomes, mulheres empreendedoras que eu de forma secreta admirava!
Uma artesã, uma coach e uma Blogueira/estudante de Obstetrícia.
Três mulheres que à primeira vista tem TUDO em comum, afinal uma vez mulheres a tanto em comum?
Todas mães, todas já viveram as profundezas de um puerpério, as delícias de uma parto. A alegria de gerar um ser. E hoje ainda mais próximas empreendem!
Talvez não fosse necessário TRES mulheres para relatar um mesmo tópico, pensei.
Pedi relatos, com a temática: Como é ser mãe e empreender?
Senti por um momento que deveriam ser 3 perguntas distintas, não gostaria dos mesmos relatos abordando o mesmíssimo assunto nos três relatos.
Quando recebi o primeiro relato esperando ouvir as dificuldades sobre ter Filhos e empreender, me surpreendo com questões como: Tive que aprender sozinha, comecei do absoluto zero e gostaria que algumas pessoas levassem mais a sério meu trabalho! Katia Terra artesã autodidata, relatou que através do empreendimento encontrou seu lugar de mulher na sociedade e que não trocaria essas experiências por nada! Pude sentir na firmeza de suas palavras que ela se sente HOJE fruto do seu trabalho, que empreender significou sua autotutela sua auto-estima, colocou a prova e ressaltou seus poderes e potências.
Não demoraram para chegar os outros Dois Relatos, recebi no mesmo dia.
Jéssica Teles Autora do Blog Mamaternando me fez o grandessíssimo favor de puxar meu tapete. Tapete ideológico, colorido e enfeitado que tinha um discurso do empreender materno na ponta da língua! Discurso: Empreendedorismo materno; As mães empreendem ou por vontade de ficar com os filhos, por vontade de exercer seus dons ou por não serem acolhidas no mercado de trabalho! Estes máximas são reais, elas existem, mas isso não significa que sejam únicas e absolutas.
Jessica Teles me tirou de uma zona de conforto quando em meio ao vídeo ela dispara: Eu não nasci para ficar em casa cuidando de criança. Empreendemos para que meu esposo fique em casa. Ouvi esta frase impactante e que se fez um tanto ruidosa aos meus ouvidos. Precisei refletir e ouvir algumas vezes o relato completo. Jéssica é estudante de Obstetrícia( agora formada), faz estágio, empreende e apesar de sentir na pele a exaustão de uma rotina nada leve ela sente que precisa dessa correria, desta adrenalina de fazer mil coisas. Em primeira instância sua fala me incomodou, mas ouvir suas palavras de uma forma estranha e necessária me levou a reflexões que quase que pela mão me conduziram a um portal. Eu gostaria de ter mais imaginação para nomear o dito cujo, mas vamos por hora chama-lo de portal dos tres pontinhos…
Ainda em reflexão (involuntária) assisti o terceiro relato.
Camila! Dissertou sobre a exaustão de forma leve. Não é preciso ser pesado para falar das durezas, pensei! Fiquei ali ouvindo as palavras saírem leves e flutuantes dos lábios daquela mulher de aparência forte, de personalidade igualmente marcante. E como uma empreendedora MÃE ela lança um conselho maternal: É preciso Maternar nosso Empreendimento!
Maternar o empreendimento. Se existe um conselho mais significativo que faça tanto sentido para uma mãe do que esse, eu desconheço. Ser mãe dos nossos sonhos, maternar nosso empreendimento. Materno é fortaleza, empenho e sobre tudo amor!
Por dias estas mulheres e estas histórias permaneceram comigo.
Por dias assimilei e procurei sentir cada novo aprendizado que recebi através destas histórias de vida.
E o discurso: O empreender materno é amplo, é singular, é opcional, é uma saída, uma entrada, é um filho, uma mãe. O empreender materno é sofrido é feliz. Ele nasce, morre, ele é custoso, leve ou necessário. Suas causas e efeitos são múltiplas e incontáveis.
Podemos sim dissertar a cerca dos assuntos femininos, maternos. Não existe crime em delimitar. Mas é preciso a consciência de que por mais profundas, estudadas, ponderedas, analiticas; nossas criticas e dissertações nascem e morrem nos limites do NOSSO conhecimento e da capacidade de auto permissão do que é compreensível a cada uma de nós!
Por isso limitar o discurso e aumentar a escuta é urgente.
Nós mulheres somos múltiplas, singulares e cíclicas e tantas outras formas de ser...
Impossível fechar discursos
Impossivel o PONTO!
E foi isso o que de mais precioso esta escuta a cerca de O QUE É EMPREENDER ENQUANTO MÃE me trouxe.
Alegria de reconhecer fraquezas como as minhas, forças diferentes, sentimentos e almas diversas.
E assim como em qualquer assunto desse universo, o empreendedorismo materno tem uma alma.
E alma do negócio é: ...
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