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Que eu não precisava provar nada...

  • Greice Reis. Texto
  • Nov 7, 2017
  • 3 min read

Há dez anos atrás lá estava eu, em frente ao pc com mil e uma ideias na cabeça. Datilografava (digitava) muito lentamente, Meus dedos pareciam ciscar ainda mais lentos e desorientados tamanho o turbilhão de idéias. Mal treinados por falta de experiência com máquinas desta espécie, se esforçavam em juntar as sílabas mundos que caiam em forma de pensar saindo pelas pontas dos indicadores que de nervoso empacavam.

Sempre fui dessas crianças loucas que sofrem de ansieade, de ideias mirabolantes, de possibilidades infinitas. Achava dormir perda de tempo. E eu era o tempo em pessoa. Nada de gastarme dormindo, pensava.

Portanto A ideia de poder usar minhas ideias TODAS, de criar, soltar as palavras do pensamento e saber que todos poderiam ler era um rivotril inverso. Não dormiria sem escrever, talvez comer poderia ficar para depois.

A idéia era falar Sobre moda consciente, vintage, brechó acessibilidade, periferia, enem… Vai se chamar SHES THE POWER. Significa que Elas (nós) temos poder né? Perguntava sempre para meu esposo na época professor de ingles.

E os planos continuaram, Vai ter look do dia com roupas costumizadas e garimpadas, street Style com pessoas comuns só que radiantes que passam la na borges, salgado Filho. Já repararam nas velinhas como são estilosas? Também quero fotografar alguns moradores de rua. Tem algo de arte e de moda no que eles vestem. Também preciso entrevistar mulheres da comunidade, preciso...

O Blog viveu por 4 meses e 4 posts.

O soterrei com planos para um futuro incerto e um certo desprezo pelas coisas que não trazem dinheiro…

Tive 3 filhos, cursei filosofia, fui para o direito, Larguei tudo pelo teatro!

Mudei de País

Perdi a vóz

A identidade

Descobri verdadeiros universos dentro de mim

Me libertei com a ideia de agora, de hoje…

Entendi que não preciso me limitar, que expandir é preciso. Entre poder e dever eu fico com o ser, simples formula despida de formalidades.

Desperto para o dia real e vivo. Sigo o fluxo dos meus impulsos criativos e vivo a leveza de não ter que provar nada para ninguém, nem a mim…

Hoje escrevo, falo, fotógrafo o que me toca e é leve e natural quando meus passos me levam por caminhos novos e assim que os dedos tremem eu deixo escapar as artesuras que nascem do laço resgatado entre mim e aquela menina ansiosa, que ansiava pelo prazer de fazer e não importava a coisa pronta em si. Contemplar suas próprias feituras ficava para raras horas vagas. Contemplar coisas mil de outras criaturas e fazer as minhas coisas era quase tão natural quanto respirar…

Dia desses cai no buraco besta de pensar nas coisas vãs, nas coisas que não existem e que só trazem preocupação. Viverei de que?...

Antes mesmo de atar o nó irremediável deste pensamento me deparo com essa foto que ilustra o post! Uma tiro do momento capturado pelos olhos do meu esposo.

Ali estava eu, no meu tempo espaço.

Me contemplo

Sou a coisa pronta, a coisa toda solta

Vago pensamento sobe aos neurônios: Não é que pareço aquelas jornalistas de moda que são pegas no flagra em semana de Fashion week em New york?

Reparo nas crianças emoldurando a foto, no meu sorriso satisfeito

Livre, para falar, criar e ser de onde, quando e enquanto eu for vontade de ser isso ou aquilo…

Entre fileiras de fashionistas ou sob o olhar dos meus filhos ali sou EU.

E amo...

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